O fundador do site WikiLeaks, que causou polémica e a fúria dos Estados Unidos por divulgar documentos comprometedores do expansionismo ianque, está prestes a conhecer o veredicto do apelo que interpôs para a Suprema Corte de Justiça britânica contra sua extradição à Suécia, onde é acusado de estupro e agressões sexuais
Bom era que o espírito natalício, tão apregoado pelos senhores do capital, não empurrasse Julian Assange, para o covil sueco das víboras, poderão adiar, mas dificilmente vão deixar de exercer a sua hipócrita retaliação - Se bem que, de uma arma eles não lha poderão retirar: o peso da opinião pública, não está a favor dos retaliadores.
O SEXO A ARMA PERVERSA DOS PODEROSOS - SENDO ELES OS MAIORES DEPRAVADOS
Não é novidade alguma que o sexo é o truque usado pelos poderosos para denegrirem e esmagarem os seus opositores - Imagine-se do que se havia de lembrar a vingança americana, em perfeita sintonia com o governo conservador sueco (onde a extrema direita já põe e dispõe no Parlamento), de que, o australiano, Julian Assange, obrigara duas matolonas (note-se não são virgens nem tão pouco menores) a ter relações com ele sem a camisinha.
Assange nega mas do que lhe vale se é a palavra dele contra duas mulheres?!... Obviamente, como não o podem matar à bala, querem-no fazer apodrecer por trás das grades de uma cadeia. Porém, uma coisa os seus inimigos não vão lograr, é o reconhecimento, admiração e a solidariedade da sua coragem, que ultrapassa todas as fronteiras, por parte das consciências que se opõem ao domínio dos imperialismos e pugnam pela liberdade de expressão e direitos fundamentais da sociedade.
O seu país não o esquece e, ainda recentemente, em Londres, o distinguiu com a medalha de ouro da Sydney Peace Foundation pela sua "excecional coragem na defesa dos direitos humanos"
O director da fundação australiana, Stuart Rees, salientou que a distinção de Assange se trata de uma recompensa "por desafiar práticas seculares de segredo governamental e defender o direito à informação das pessoas".
Wikileaks: O 1º preso político global da internet e a Intifada eletrônica
Julian Assange é o primeiro geek caçado globalmente: pela superpotência militar, por seus estados satélite e pelas principais polícias do mundo. É um australiano cuja atividade na internet catupultou-o de volta à vida real com outra cidadania, a de uma espécie de palestino sem passaporte ou entrada em nenhum lugar. Ele não é o primeiro a ser caçado pelo poder por suas atividades na rede, mas é o primeiro a sofrê-lo de um jeito tentacular, planetário e inescapável.
Enquanto que os blogueiros censurados do Irã seriam recebidos como heróis nos EUA para o inevitável espetáculo de propaganda, Assange teve todos os seus direitos mais elementares suspensos globalmente, de tal forma que tornou-se o sujeito mundialmente inospedável, o primeiro, salvo engano, a experimentar essa condição só por ter feito algo na internet O 1º preso político global da internet e a Intifada eletrônica
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Num texto para o “Le Monde Diplomatique”, o professor Felix Stalder recorta um ensaio escrito por Julian Assange, em 2006, para comentar a estratégia de luta do fundador do Wikileaks contra as grandes instituições do mundo próspero. Diz o escrito: “Quanto mais uma organização é injusta ou... preocupada com seus segredos, mais o medo de um vazamento de informações se aproxima da paranoia entre seus dirigentes e a camarilha dos tomadores de decisões”.
Seja qual for a origem, e o destino, do Wikileaks há um fato que talvez já se possa considerar como parte da história: a pequena organização de Assange surgiu porque antes existia a internet, mas principalmente porque boa parte da Grande Imprensa deixou há muito um imenso espaço vazio ao abandonar a investigação destemida e descomprometida dos grandes negócios públicos — entre eles, o maior de todos, a guerra. Exceto, é claro, quando investigar atende a seus próprios interesses partidários.
A história é ainda demasiado recente para que, apesar de nossa crescente desmemória, a tenhamos esquecido. Estava mais que na cara que a historinha das armas químicas e de destruição em massa de Saddam Hussein não era nada além disso: uma história da carochinha que servia de pretexto para a invasão do Iraque. Um escancarado conto do vigário no qual, no entanto, embarcaram de bom grado os grandes jornais e veículos de comunicação do Ocidente. Não certamente por inocência. Sabiam do que tratava a conversa fiada inventada pela caterva do presidente americano Não existem guerras, banditismo nem capitalismo sem segredo .
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