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Desoculto nocturno é abordagem de várias questões: Ora surgindo desnudado à luz do grande leão dos céus, ora sob o manto diáfono da noite, festejando a princesa das trevas, em peregrinações, onde o piar dos mochos e o grito das raposas, são as únicas vozes que quebram o silêncio milenar de canadas e penedias, nas quais ritos e mistérios ancestrais, ainda vagueiam à solta - Envergando várias túnicas, desdobrando-me em múltiplas personagens - Ou é privilégio do poeta dos heterónimos, que só discorreu à mesa dum café ou acastelado em sua“aldeia”?..Sei que posso correr o risco de não ser tomado a sério: mas que fazer? . - Dizia-se de Florbela Espanca, que os poetas e os profetas “usam disfarces que os tornam semelhantes a tudo o que os cerca”- Quando criei este site, foi apenas a pensar nos chamados fenómenos do mundo paranormal: relatos pessoais, consequência da minha adolescência, em sabates noturnos?!.. Ou fruto de solitárias e longas experiências marítimas em calmos e tempestuosos mares?!.. Estas as interrogações que pretendi aqui abordar. Afinal, cedo constatei ser-me difícil passar indiferente à análise e à reflexão, ocasionalmente, de outros fenómenos e temas da actualidade

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Francisco José Viegas: "o absurdo não paga impostos" e as origens das espécies dos que vão levar no cu - Boa malha de um ex-secretário de Estado da cultura que não quis ser cúmplice dos que mijam para o pagode, enquanto este aperta o cinto e tem que se contentar em ficar sem tecto e ir cagar a um canto ou atrás de uma parede - Ou mau é que há quem faça as leis, se governe e até goste de comer no traseiro

(em construção)

O escritor Francisco José Viegas, que também foi secretário de Estado da Cultura do actual Governo, mas que cedo bateu a porta, alegando motivos de saúde (o problema era outro, o erro político que ele já havia confessado ao jornal francês Le Monde, em comprometer a sua independência intelectual "eu cometi o erro de aceitar este emprego político"), ei-lo a voltar à ribalta das noticias da imprensa e dos telejornais - E, pelos vistos, pelo facto de usar vernáculo à moda antiga.

De facto, há leis que, pelo seu carácter demagógico, só se transformadas em papel higiénico é que poderiam ter alguma utilidade: a de servirrm para limpar o cu . - Enquanto, outras, ultimamente aprovadas, se revelam tão mortíferas como o veneno das cobras cascavéis - Basta o citar o caso da nova lei de arrendamento urbano, favorecendo apenas uma das partes, a do grande senhorio, que está para aí a fazer a vida negra a milhares de famílias.




"Caro Paulo Núncio: queria apenas avisar que, se por acaso, algum senhor da Autoridade Tributária e Aduaneira tentar «fiscalizar-me» à saída de uma loja, um café, um restaurante ou um bordel (quando forem legalizados) com o simpático objectivo de ver se eu pedi factura das despesas realizadas, lhe responderei que, com pena minha pela evidente má criação, terei de lhe pedir para ir tomar no cu, ou, em alternativa, que peça a minha detenção por desobediência. Ele, pobre funcionário, não tem culpa nenhuma; mas se a Autoridade Tributária e Aduaneira quiser cruzar informações sobre a vida dos cidadãos, primeiro que verifique se a C. N. de Proteção de Dados já deu o aval, depois que pague pela informação a quem quiser dá-la"

No Estado, o absurdo não paga imposto?


por FJV, em 14.02.13

Relvas não reage à tomada do cu: “Relvas diz respeitar todas opiniões, mas não comenta críticas de Francisco José Viegas "O ministro dos Assuntos Parlamentares disse hoje respeitar as opiniões de todos os portugueses, mas escusou-se a comentar as críticas do ex-secretário de Estado da Cultura Francisco José Viegas à intenção de multar quem não pedir facturas".


FORÇA NESSE MANGUITO!.... Fisco: quem não exigir fatura arrisca multa pesada 

Fez muito bem utilizar o manguito de Luís  Pacheco, no seu blogue,   A Origem das Espécies  -  Ao absurdo da lei – Pois, quem devia ser punido é  o prevaricador e não quem não controla caixa. E, a estes, faz-se vista grossa. Não se pode exigir ao cidadão que passe a  fazer o papel de fiscal. Não é essa a sua obrigação. Ele tem o direito a que lhe passem uma fatura mas não pode ser punido se não a pedir - Ate parece que estamos na China - Quem infringir as leis da escravatura, é executado - Nem é de estranhar de quem até faz dessa ditadura, o seu preferencial aliado para limpar o património do Estado.

FAZER VISTA GROSSA AO INFRATOR E PENALIZAR O CONSUMIDOR

Sim, é ocaso da lei  que obriga a todos os consumidores a pedir fatura no ato de qualquer compra, sob pena de apanhar com uma multa que varia entre os 75 euros e 2000 euros. Ora, o problema devia ser precisamente ao contrário, multar quem foge ao fisco, quem vende o produto e não passa recibo ou fatura alguma - Os graúdos dificilmente são incomodados. O Pingo Doce não aceita pagamentos de compras através de multibanco inferiores a 20 euros - Eles lá sabem porquê. Pois quem é que obriga o Alexandre dos Santos, onde António Borges, é administrador da Jerónimo Martins e ao mesmo tempo lidera as privatizações do Estado, a que não faça das suas lojas, feudos apátridas e com sedes em paraísos fiscais? - A Holanda, é talvez a ponta de um enorme icebergue. 

GENTE QUE PENSA PELA SUA CABEÇA E NÃO FAZ DO SEU  PENSAMENTO HIPOTECA

 "Nós vivemos em uma sociedade que o Português perdeu seus sonhos. O temor do futuro , para conversar . Desde os 300 anos de Inquisição, os 50 anos do regime fascista de Salazar e hoje, com a crise, continua. Isso é terrível. (..)“Eu acredito em duas coisas:. morte e a luta de classes" Francisco José Viegas – Ao Le Monde - 2012/08/17
MALHA DE RACHA PESSEGUEIRO

José Francisco Viegas, não podia ter escolhido melhor via para dar a sua malha ao secretário de Estado de Assuntos Fiscais: mandá-los levar no cu - De facto, neste país de quase um milhão de desempregados - fora os que as estatísticas não contabilizam - a esmagadora maioria anda à rasca, mas tem cu. Toda a gente tem cu. Com a diferença de que, o cu do burguês, é mais fino: sanita onde ele assenta o rabo, não pode ser a mesma onde o criado ou a criada, vão cagar. Cada um tem a sua casa de  banho -  Hoje, só a partir da media alta, a media baixa, está lixada, tende a desaparecer e, muitos, com as novas leis, o mais certo e serem despejados, sem apelo nem agravo 

O CU DA CRIADA NÃO É O MESMO CU DA PATROA DO DO PATRÃO

Noutro tempo, qualquer funcionário médio, qualquer chefe de estação dos caminhos de ferro, dava-se a esses luxos Hoje, até estes já perderam direitos que Salazarismo lhe concedeu - a que ponto chegamos! José Gomes Ferreira, recorda esse preconceito, nos seus "Dias Comuns" "A minha casa não tem retrete especial para a criada (nesse tempo morava num prédio da Rua da Cidade Cardife) e não consinto que vá là  como um bicho. Por isso  deixo-a utilizar  a minha retrete... Temos os cus iguais" - Devo esclarecer que não sou sempre assim tão formidável, como, no fundo, pretendo exibir-me. Por mais que me esforce, nunca consegui  vencer inteiramente  o terrível preconceito de classe, que se insinua em mil pormenores na minha triste vida  de burguesinho

MAS QUAL É O BURGUESINHO, ESTILO PAULO NÚNCIO,  CAPAZ DE ISENTAR DE CARGA FISCAL,  OS MELHORES CUS DO GRANDE CAPITAL, MAS INCAPAZ DE PERDOAR AO  ZÉ DOS ANZÓIS SE NÃO PEDIR A FACTURA DA BICA?

Paulo Núncio concedeu benefícios fiscais a grupos económicos ao arrepio da IGF

"O despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF) que, em Outubro de 2011, veio ao encontro dos interesses fiscais dos grupos económicos, foi dado ao arrepio da Inspecção-Geral de Finanças, noticia o jornal Público".Paulo Núncio concedeu benefícios fiscais a grupos económicos 

NOS JORNAIS JÁ NEM TUDO PASSA - SÃO QUASE TODOS DA MESMA FAMÍLIA: POR ESTE ANDAR, NÃO TARDA, QUE, QUALQUER DIA, A CENSURA ENTRE NAS LIVRARIAS A FERRO E FOGO  

Obriga-se o cidadão a ser polícia, tal como o regime Salazarista se servia dos bufos para controlar as consciências - A propósito da ciência dos cus vale a pena aqui recordarmos, mais uma vez, o poeta e escritor José Gomes Ferreira:

"Nos últimos dias a polícia aprendeu  os seguintes livros: Canções de António Botto (incrível!) , Sodoma Divinizada  de Raul leal . Decadência  de Judite Teixeira . Os primeiros dois fazem ao elogio da pederastia. A última canta  os amores lésbicos em versalhada  vermelhusca , quente, estufante, obscena...

A propósito, o Fortunato, que é médico, comentou para uma roda médicos:
- Ainda dizem que em Portugal não se escrevem livros de ciência. É uma injustiça! Agora, por exemplos, têm saído muitos livros sobre o recto" . 


ALGUNS EXCERTOS EM PORTUGUÊS E EM FRANCÊS DA POLÉMICA ENTREVISTA CONCEDIDA AO  LE MONDE, EM AGOSTO, DO ANO PASSADO, DOIS MESES ANTES DE APRESENTAR A SUA DEMISSÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA, ALEGANDO MOTIVOS DE SAÚDE

Tradução Google - "Portugal,  em 30 anos, aumentou de endividamento da pobreza, depois de uma fase de desenvolvimento frenético de sua infra-estrutura, impulsionada pela ajuda europeia. 15,2% da população desempregada, incluindo 36,6% de jovens, a recessão que nunca termina, fechando hospitais, subsídios e salários dos funcionários aposentados aplainada, os impostos que crescem (..) a empresa nacional de electricidade vendida a uma empresa chinesa, 10% a mais de mortes entre aqueles com mais de 75 anos em um ano, devido à alta dos alimentos, condições precárias de habitação , sem aquecimento, devido ao aumento de electricidade" 

(..) "Nós vivemos em uma sociedade em  que se perderam  os sonhos de ser Português  O temor do futuro , para conversar . Desde os 300 anos de Inquisição, os 50 anos do regime fascista de Salazar e hoje, com a crise, continua. Isso é terrível. 
“Eu acredito em duas coisas:. na morte e na luta de classes"romancista Francisco José Viegas : "E também no sexo, mas isso não é. Não, não vamos falar? "Não. Ou melhor"...

Ancien journaliste, fondateur d'une revue mensuelle, Ler, l'équivalent de notreMagazine littéraire, Francisco José Viegas était depuis de nombreuses années un éditeur heureux qui publiait, au Portugal, Martin Amis ou Cormac McCarthy. Dans sa jeunesse, juste après la "révolution des oeillets" du 25 avril 1974, qui mit fin à la dictature du général Salazar, il s'était essayé un temps au militantisme en flirtant avec la tendance trotskiste du Parti socialiste portugais. "On parlait de sexe et de cannabis", dit-il dans un rire
Mais, depuis, il n'appartenait à aucune organisation politique. Cela semblait même très loin à ce quinquagénaire bon vivant, dont les romans parlent autant du corps des femmes que du bonheur de cuisiner, et qui a vécu trois ans au Brésil, pour le simple plaisir de pouvoir en palper l'atmosphère. "J'appartiens à une génération qui, à un moment donné, doit répondre "oui". Et accepter les compromis. Lorsque votre pays traverse une crise terrible, écrire dans les journaux ou les blogs ce que doit être la culture ou la société, comment sortir le cinéma du marasme ou sauverles bibliothèques, cela ne suffit plus... Du coup, moi l'éditeur heureux, l'écrivain sans souci, j'ai commis l'erreur d'accepter ce job politique. Mais, on ne va pasparler de ça, n'est-ce pas &?", fait-il dans un éclat de rire. Non. Ou plutôt, si.
 (...)Francisco José Viegas explique que, au temps de sa splendeur coloniale, le Portugal allaitchercher la richesse très loin en Afrique ou au Brésil pour la rapporter vers les capitales européennes. L'argent tiré de ce commerce n'a servi qu'à des dépenses de luxe et n'a jamais alimenté un investissement national qui aurait permis un vrai développement du pays. Les Portugais se sont installés au Brésil pour fairefortune et pas du tout, comme les Français, pour établir un régime, un système, un modèle de société..
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Ensuite, pendant longtemps, ils furent les pauvres de l'Europe, les immigrants deParis, Genève, Zurich. "Je crois que notre relation avec l'Europe n'est pas heureuse, car une part essentielle de nos racines reste en Afrique et au Brésil... Avec la crise, beaucoup de gens repartent là-bas. En dix ans, nous avons réalisé toutes les réformes 
demandées par l'Europe (l'avortement, le mariage homosexuel). Ce fut sans doute bien rapide, car parallèlement, notre économie n'a pas bénéficié de bases solides. Nous sommes très dépendants des situations espagnole, grecque, irlandaise. Nous avons perdu notre agriculture, notre pêche et notre industrie comptent à peine. Seules nous restent notre culture et la mer comme offre touristique", soupire-t-il. - Excertos de Francisco José Viegas, le Portugal ne rêve plus

UM DURIENSE COM O DOURO DEBRUÇADO NO SOPÉ DA SUA ALDEIA

"Escritor e jornalista português, Francisco José Viegas nasceu a 14 de março de 1962, no Pocinho, em VilaNova de Foz Coa. Na juventude viveu em Chaves, para onde se mudou com seis anos, e com apenas 15anos publicou, em fotocópias, o seu primeiro livro, chamado Era Verão e Depois.
Aos 17 anos, foi para Lisboa para seguir Estudos Portugueses na Universidade Nova de Lisboa.
Em 1982, publicou a sua primeira obra, um livro de poesia intitulado Fascínio da Monotonia.
A partir de 1983, e até 1987, foi professor de Linguística na Universidade de Évora. Abandonou adocência para se dedicar ao jornalismo e à edição em O Jornal. Logo nesse ano, publicou o primeiroromance, Regresso por um Rio, uma história passada no Rio Douro, onde entravam fantasmas eaparições. Dois anos depois, estreou-se no género policial com Crime em Ponta Delgada - Mais informação em Francisco José Viegas - Infopédia

(...)  Deixou o ensino para se dedicar ao jornalismo, tendo feito parte da redacção de vários títulos da imprensa portuguesa, como o Jornal Expresso, Jornal de Letras, Semanário, O Liberal, O Jornal, Sete, Dário de Notícias, O Independente, Record, Visão Notícias Magazine, Elle, Volta do Mundo e Oceanos.. Foi director das revistas  LER  e Grande Reportagem, bem como da Gazeta dos Desportos. Ocupou o cargo de director da Fernando Pessoa, entre 2006 2 2008,   que abandonou para regressar à direcção da LER, onde se mantém. Na televisão, foi autor e apresentador dos programas Escrita em Dia (SIC) Falatório (RTP), Ler Para Crer (RTP2) , Prazeres (RTP1Um Café no Majestic (RTP2),Primeira Página (RTP1), Livro Aberto  (RTP-N) e Nada de Cultura (TVI24)  . Apresentou Escrita em Dia na  Antena !  É, presentemente, um dos elementos fixos do programa A Torto e a Direito   na TVI24.
Além do jornalismo, Francisco José Viegas, tem publicado obras de poesia, romance, conto, uma peça de teatro e relatos de viagens. O seu romance policial Longe de Manaus(2006) valeu-lhe o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores  . É editor da Quetzal e autor do blogue A Origem das Espécies. Homem religioso, abandonou o catolicismo.  da sua tradição familiar e  converteu-se ao Judaísmo religião dos seus antepassados, numerosos em Vila Nova de Foz Côa.- Mais informaçãoFrancisco José Viegas – Wikipédia, 




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