O escritor Francisco José Viegas, que também foi secretário de Estado da Cultura do actual Governo, mas que cedo bateu a porta, alegando motivos de saúde (o problema era outro, o erro político que ele já havia confessado ao jornal francês Le Monde, em comprometer a sua independência intelectual "eu cometi o erro de aceitar este emprego político"), ei-lo a voltar à ribalta das noticias da imprensa e dos telejornais - E, pelos vistos, pelo facto de usar vernáculo à moda antiga.
De facto, há leis que, pelo seu carácter demagógico, só se transformadas em papel higiénico é que poderiam ter alguma utilidade: a de servirrm para limpar o cu . - Enquanto, outras, ultimamente aprovadas, se revelam tão mortíferas como o veneno das cobras cascavéis - Basta o citar o caso da nova lei de arrendamento urbano, favorecendo apenas uma das partes, a do grande senhorio, que está para aí a fazer a vida negra a milhares de famílias.
De facto, há leis que, pelo seu carácter demagógico, só se transformadas em papel higiénico é que poderiam ter alguma utilidade: a de servirrm para limpar o cu . - Enquanto, outras, ultimamente aprovadas, se revelam tão mortíferas como o veneno das cobras cascavéis - Basta o citar o caso da nova lei de arrendamento urbano, favorecendo apenas uma das partes, a do grande senhorio, que está para aí a fazer a vida negra a milhares de famílias.
"Caro Paulo Núncio: queria apenas avisar que, se por acaso, algum
senhor da Autoridade Tributária e Aduaneira tentar «fiscalizar-me» à saída de
uma loja, um café, um restaurante ou um bordel (quando forem legalizados) com o
simpático objectivo de ver se eu pedi factura das despesas realizadas, lhe
responderei que, com pena minha pela evidente má criação, terei de lhe pedir
para ir tomar no cu, ou, em alternativa, que peça a minha detenção por
desobediência. Ele, pobre funcionário, não tem culpa nenhuma; mas se a
Autoridade Tributária e Aduaneira quiser cruzar informações sobre a vida dos
cidadãos, primeiro que verifique se a C. N. de Proteção de Dados já deu o aval,
depois que pague pela informação a quem quiser dá-la"
No Estado, o absurdo não paga imposto?
por FJV, em 14.02.13
Relvas não reage à tomada do cu: “Relvas diz respeitar todas
opiniões, mas não comenta críticas de
Francisco José Viegas "O ministro dos Assuntos
Parlamentares disse hoje respeitar as opiniões de todos os portugueses, mas
escusou-se a comentar as críticas do ex-secretário de Estado da Cultura
Francisco José Viegas à intenção de multar quem não pedir facturas".
FORÇA NESSE MANGUITO!.... Fisco: quem não exigir fatura arrisca multa pesada
Fez muito bem utilizar o manguito de Luís Pacheco, no seu blogue, A Origem das Espécies - Ao absurdo da lei – Pois, quem devia ser punido é o prevaricador e não quem não controla caixa. E, a estes, faz-se vista grossa. Não se pode exigir ao cidadão que passe a fazer o papel de fiscal. Não é essa a sua obrigação. Ele tem o direito a que lhe passem uma fatura mas não pode ser punido se não a pedir - Ate parece que estamos na China - Quem infringir as leis da escravatura, é executado - Nem é de estranhar de quem até faz dessa ditadura, o seu preferencial aliado para limpar o património do Estado.
FAZER VISTA GROSSA AO INFRATOR E PENALIZAR O CONSUMIDOR
Sim, é ocaso da lei que obriga a todos os consumidores a pedir fatura no ato de qualquer compra, sob pena de apanhar com uma multa que varia entre os 75 euros e 2000 euros. Ora, o problema devia ser precisamente ao contrário, multar quem foge ao fisco, quem vende o produto e não passa recibo ou fatura alguma - Os graúdos dificilmente são incomodados. O Pingo Doce não aceita pagamentos de compras através de multibanco inferiores a 20 euros - Eles lá sabem porquê. Pois quem
é que obriga o Alexandre dos Santos, onde António Borges,
é administrador da Jerónimo Martins e ao mesmo tempo lidera
as privatizações do Estado, a que não faça das suas lojas, feudos apátridas e
com sedes em paraísos fiscais? - A Holanda, é talvez a ponta de um enorme icebergue.
GENTE QUE PENSA PELA SUA CABEÇA E NÃO FAZ DO SEU PENSAMENTO HIPOTECA
"Nós vivemos em uma sociedade que o Português perdeu seus sonhos. O temor do futuro , para conversar . Desde os 300 anos de Inquisição, os 50 anos do regime fascista de Salazar e hoje, com a crise, continua. Isso é terrível. (..)“Eu acredito em duas coisas:. morte e a luta de classes" Francisco José Viegas – Ao Le Monde - 2012/08/17
"Nós vivemos em uma sociedade que o Português perdeu seus sonhos. O temor do futuro , para conversar . Desde os 300 anos de Inquisição, os 50 anos do regime fascista de Salazar e hoje, com a crise, continua. Isso é terrível. (..)“Eu acredito em duas coisas:. morte e a luta de classes" Francisco José Viegas – Ao Le Monde - 2012/08/17
MALHA DE RACHA PESSEGUEIRO
José Francisco
Viegas, não podia ter escolhido melhor via para dar a sua malha ao secretário de
Estado de Assuntos Fiscais: mandá-los levar no cu - De facto, neste país de
quase um milhão de desempregados - fora os que as estatísticas não contabilizam
- a esmagadora maioria anda à rasca, mas tem cu. Toda a gente tem cu. Com a diferença
de que, o cu do burguês, é mais fino: sanita onde ele assenta o rabo, não
pode ser a mesma onde o criado ou a criada, vão cagar. Cada um tem a sua casa
de banho - Hoje, só a partir da media alta, a media baixa, está
lixada, tende a desaparecer e, muitos, com as novas leis, o mais certo e serem despejados, sem apelo nem agravo
O CU DA CRIADA NÃO É O MESMO CU DA PATROA DO DO PATRÃO
O CU DA CRIADA NÃO É O MESMO CU DA PATROA DO DO PATRÃO
Noutro
tempo, qualquer funcionário médio, qualquer chefe de estação dos caminhos de
ferro, dava-se a esses luxos Hoje, até estes já perderam direitos que Salazarismo lhe concedeu - a que ponto chegamos! José
Gomes Ferreira, recorda esse preconceito, nos seus "Dias Comuns" "A minha casa não tem retrete especial para a criada (nesse
tempo morava num prédio da Rua da Cidade Cardife) e não consinto que vá là
como um bicho. Por isso deixo-a utilizar a minha retrete...
Temos os cus iguais" - Devo esclarecer que não sou sempre assim tão
formidável, como, no fundo, pretendo exibir-me. Por mais que me esforce, nunca
consegui vencer inteiramente o terrível preconceito de classe, que
se insinua em mil pormenores na minha triste vida de burguesinho
MAS QUAL É O BURGUESINHO, ESTILO
PAULO NÚNCIO, CAPAZ DE ISENTAR DE CARGA FISCAL, OS MELHORES CUS DO
GRANDE CAPITAL, MAS INCAPAZ DE PERDOAR AO ZÉ DOS ANZÓIS SE NÃO PEDIR A
FACTURA DA BICA?
Paulo Núncio concedeu benefícios
fiscais a grupos económicos ao arrepio da IGF
"O despacho do secretário de
Estado dos Assuntos Fiscais (SEAF) que, em Outubro de 2011, veio ao encontro
dos interesses fiscais dos grupos económicos, foi dado ao arrepio da Inspecção-Geral
de Finanças, noticia o jornal Público".Paulo
Núncio concedeu
benefícios fiscais a grupos económicos
NOS JORNAIS JÁ NEM TUDO PASSA - SÃO QUASE
TODOS DA MESMA FAMÍLIA: POR ESTE ANDAR, NÃO TARDA, QUE, QUALQUER DIA, A
CENSURA ENTRE NAS LIVRARIAS A FERRO E FOGO
Obriga-se o
cidadão a ser polícia, tal como o regime Salazarista se servia dos
bufos para controlar as consciências - A propósito da ciência dos cus vale a
pena aqui recordarmos, mais uma vez, o poeta e escritor José Gomes Ferreira:
"Nos últimos dias a polícia aprendeu os
seguintes livros: Canções de António Botto (incrível!) , Sodoma Divinizada
de Raul leal . Decadência de Judite Teixeira . Os primeiros dois
fazem ao elogio da pederastia. A última canta os amores lésbicos em
versalhada vermelhusca , quente, estufante, obscena...
A propósito, o Fortunato, que é médico, comentou para uma
roda médicos:
- Ainda dizem que em Portugal não se escrevem livros de
ciência. É uma injustiça! Agora, por exemplos, têm saído muitos livros sobre o recto"
.
ALGUNS EXCERTOS EM PORTUGUÊS E EM FRANCÊS DA POLÉMICA
ENTREVISTA CONCEDIDA AO LE MONDE, EM AGOSTO, DO ANO PASSADO, DOIS MESES ANTES DE APRESENTAR A SUA
DEMISSÃO DE SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA, ALEGANDO MOTIVOS DE SAÚDE
Tradução Google - "Portugal, em 30 anos,
aumentou de endividamento da pobreza, depois de uma fase de desenvolvimento
frenético de sua infra-estrutura, impulsionada pela ajuda europeia. 15,2% da população desempregada,
incluindo 36,6% de jovens, a recessão que nunca termina, fechando hospitais,
subsídios e salários dos funcionários aposentados aplainada, os impostos que
crescem (..) a empresa nacional de electricidade vendida a
uma empresa chinesa, 10% a mais de mortes entre aqueles com mais de 75 anos em
um ano, devido à alta dos alimentos, condições precárias de habitação ,
sem aquecimento, devido ao aumento de electricidade"
(..) "Nós vivemos em uma sociedade em que se perderam os sonhos de ser Português O temor do futuro , para conversar . Desde os 300 anos de
Inquisição, os 50 anos do regime fascista de Salazar e hoje, com a crise,
continua. Isso é terrível.
“Eu acredito em duas coisas:. na morte e na luta de classes"romancista Francisco José Viegas : "E também no sexo, mas isso não é. Não, não vamos falar? "Não. Ou melhor"...
Ancien
journaliste, fondateur d'une revue mensuelle, Ler, l'équivalent de notreMagazine littéraire, Francisco José Viegas était depuis de
nombreuses années un éditeur heureux qui publiait, au Portugal,
Martin Amis ou Cormac McCarthy. Dans sa jeunesse, juste après la
"révolution des oeillets" du 25 avril 1974, qui mit fin à la
dictature du général Salazar, il s'était essayé un temps au militantisme en
flirtant avec la tendance trotskiste du Parti
socialiste portugais. "On parlait de sexe et de
cannabis", dit-il dans un rire
Mais, depuis, il n'appartenait à aucune organisation
politique. Cela semblait même très loin à ce quinquagénaire bon vivant, dont
les romans parlent autant du corps des femmes que du bonheur de cuisiner, et qui a vécu trois ans au Brésil, pour le simple plaisir de pouvoir en palper l'atmosphère. "J'appartiens à une génération
qui, à un moment donné, doit répondre "oui". Et accepter les compromis. Lorsque votre pays traverse une crise
terrible, écrire dans les journaux ou les blogs ce que doit être la culture ou la société, comment sortir le cinéma du marasme ou sauverles bibliothèques, cela ne suffit plus... Du coup, moi
l'éditeur heureux, l'écrivain sans souci, j'ai commis l'erreur d'accepter ce job politique. Mais,
on ne va pasparler de ça, n'est-ce pas
&?", fait-il
dans un éclat de rire. Non. Ou plutôt,
si.
(...)Francisco
José Viegas explique que, au temps de sa splendeur coloniale, le Portugal allaitchercher la
richesse très loin en Afrique ou au Brésil pour la rapporter vers
les capitales européennes. L'argent tiré de ce commerce n'a servi qu'à des
dépenses de luxe et
n'a jamais alimenté un investissement national qui aurait permis un vrai
développement du pays. Les Portugais se sont installés au Brésil pour fairefortune et pas du tout, comme les
Français, pour établir un régime, un système, un modèle de société..
.
Ensuite, pendant longtemps, ils
furent les pauvres de l'Europe,
les immigrants deParis, Genève,
Zurich. "Je crois que notre relation avec
l'Europe n'est pas heureuse, car une part essentielle de nos racines reste en
Afrique et au Brésil... Avec la crise, beaucoup de gens repartent là-bas. En
dix ans, nous avons réalisé toutes les réformes
demandées par l'Europe
(l'avortement, le mariage homosexuel). Ce fut sans doute bien rapide, car
parallèlement, notre économie n'a pas bénéficié de bases solides. Nous sommes
très dépendants des situations espagnole, grecque, irlandaise. Nous avons perdu
notre agriculture, notre pêche et notre industrie comptent à peine. Seules nous restent notre culture et la mer comme
offre touristique", soupire-t-il. - Excertos de Francisco José Viegas, le Portugal ne rêve plus
UM DURIENSE COM O DOURO DEBRUÇADO NO SOPÉ DA SUA ALDEIA
"Escritor e jornalista português, Francisco José Viegas nasceu a 14 de março de 1962, no Pocinho, em VilaNova de Foz Coa. Na juventude viveu em Chaves, para onde se mudou com seis anos, e com apenas 15anos publicou, em fotocópias, o seu primeiro livro, chamado Era Verão e Depois.
Aos 17 anos, foi para Lisboa para seguir Estudos Portugueses na Universidade Nova de Lisboa.
Em 1982, publicou a sua primeira obra, um livro de poesia intitulado Fascínio da Monotonia.
A partir de 1983, e até 1987, foi professor de Linguística na Universidade de Évora. Abandonou adocência para se dedicar ao jornalismo e à edição em O Jornal. Logo nesse ano, publicou o primeiroromance, Regresso por um Rio, uma história passada no Rio Douro, onde entravam fantasmas eaparições. Dois anos depois, estreou-se no género policial com Crime em Ponta Delgada - Mais informação em Francisco
José Viegas - Infopédia
(...)
Deixou o ensino para se dedicar ao jornalismo, tendo feito parte da
redacção de vários títulos da imprensa portuguesa, como o Jornal Expresso,
Jornal de Letras, Semanário, O Liberal, O Jornal, Sete, Dário de Notícias, O
Independente, Record, Visão Notícias Magazine, Elle, Volta do Mundo e Oceanos..
Foi director das revistas LER e Grande Reportagem,
bem como da Gazeta dos Desportos. Ocupou o cargo de director da Fernando Pessoa, entre
2006 2 2008, que
abandonou para regressar à direcção da LER, onde se mantém. Na televisão, foi autor e
apresentador dos programas Escrita
em Dia (SIC) Falatório (RTP), Ler Para Crer (RTP2) , Prazeres
(RTP1Um Café no Majestic (RTP2),Primeira Página (RTP1), Livro Aberto (RTP-N) e Nada
de Cultura (TVI24) . Apresentou Escrita
em Dia na Antena ! É,
presentemente, um dos elementos fixos do programa A Torto e a Direito na TVI24.
Além do
jornalismo, Francisco José Viegas, tem publicado obras de poesia, romance,
conto, uma peça de teatro e relatos de viagens. O seu romance policial Longe de Manaus(2006) valeu-lhe
o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores . É editor da Quetzal e autor do
blogue A Origem das Espécies. Homem religioso, abandonou o catolicismo. da sua tradição familiar e converteu-se ao Judaísmo religião
dos seus antepassados, numerosos em Vila Nova de Foz Côa.- Mais informaçãoFrancisco
José Viegas – Wikipédia,
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