Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
Lisboa, Lisboa, Portugal
Desoculto nocturno é abordagem de várias questões: Ora surgindo desnudado à luz do grande leão dos céus, ora sob o manto diáfono da noite, festejando a princesa das trevas, em peregrinações, onde o piar dos mochos e o grito das raposas, são as únicas vozes que quebram o silêncio milenar de canadas e penedias, nas quais ritos e mistérios ancestrais, ainda vagueiam à solta - Envergando várias túnicas, desdobrando-me em múltiplas personagens - Ou é privilégio do poeta dos heterónimos, que só discorreu à mesa dum café ou acastelado em sua“aldeia”?..Sei que posso correr o risco de não ser tomado a sério: mas que fazer? . - Dizia-se de Florbela Espanca, que os poetas e os profetas “usam disfarces que os tornam semelhantes a tudo o que os cerca”- Quando criei este site, foi apenas a pensar nos chamados fenómenos do mundo paranormal: relatos pessoais, consequência da minha adolescência, em sabates noturnos?!.. Ou fruto de solitárias e longas experiências marítimas em calmos e tempestuosos mares?!.. Estas as interrogações que pretendi aqui abordar. Afinal, cedo constatei ser-me difícil passar indiferente à análise e à reflexão, ocasionalmente, de outros fenómenos e temas da actualidade

sábado, 17 de dezembro de 2011

PÚBLICO QUER DESPEDIR 21 JORNALISTAS E FAZER A VIDA DIFÍCIL AOS QUE FICAM – UMAS MIGALHAS A MENOS NA FORTUNA DO SEU FUNDADOR, TORNÁ-LO-IA MAIS POBRE?




 
O jornal PUBLICO foi uma das mais interessantes iniciativas do Grupo Sonae - E ainda hoje continua a ombrear, com o Diário de Noticias, a melhor imprensa diária. Obviamente, graças a uma excelente equipa de profissionais. Mas está em risco de, a breve prazo, ao preparar-se para reduzir a sua equipa e deixar a que fica ainda mais fragilizada e mal paga (despedindo 21 dos seus trabalhadores e reduzir o salários a outros) passar a ser um jornal como outro qualquer: talvez mais apostado nas tiragem, na mediocridade e na publicidade, de que na qualidade da sua informação.

(imagem Web)
O PÚBLICO TEM PRESTIGIADO A SONAE E O SEU FUNDADOR - E HÁ PRESTÍGIO PARA O QUAL NÃO HÁ DINHEIRO QUE O PAGUE!


O fundador do público e do grupo Soane, sabe, perfeitamente, que as pessoas que optam por comprar produtos na Sonae - Worten ou se deslocam às grandes superfícies da Sonae - Continente (cujo grupo está já implantado em 29 países), o fazem porque acreditam que vão ser bem servidas - De resto, assim o garante a própria administração, ao afirmar que "Continente" é "a marca de distribuição em que os portugueses mais confiam! Foi a primeira cadeia de hipermercados em Portugal e permanece como a referência no sector"


JORNALISMO DE QUALIDADE TEM OS SEUS CUSTOS

Jornalismo de qualidade tem o seu preço. Julgo que assim o terá entendido, o Eng. Belmiro de Azevedo, o seu principal fundador, na altura em que o criou - Mas, hoje, parece que já não pensa do mesmo modo e quer que o seu jornal dê lucros. Que não dependa da sua volumosa fortuna, que todos os anos não pára de aumentar (Lucros da Sonae sobem para 192 milhões de euros) mas que seja mais um acréscimo à mesma. Aliás, afirmação é sua: O Público «tem de começar a ‘dar’ dinheiro», avisou Belmiro de Azevedo, na SIC Notícias. «É um jornal caro», disse, «e tem havido muita resistência» à mudança. «Não concordo que não se possa fazer com menos jornalistas e menos investigação», acrescentou. Mas quer que “se mantenha independente”
.

COMO É POSSÍVEL PRETENDER-SE UM JORNAL, CONCEBIDO COM RIGOR, ISENÇÃO E CRIATIVIDADE, PRESTIGIADO E INDEPENDENTE SE AO MESMO TEMPO SE PENSA TRANSFORMAR OS SEUS PROFISSIONAIS EM MEROS TAREFEIROS? -


"Dinamismo, rigor, criatividade, trabalho em equipa" - Estes alguns dos pressupostos do recrutamento dos quadros do grupo sonae. - Claro, não vejo como possam ser aplicados, na redacção de um jornal, quando a lógica é enfraquecer o número dos seus quadros e pagar-lhes mal.


QUEM TRABALHA NO PÚBLICO, ACREDITA NA VIABILIDADE ECONÓMICA E SUSTENTÁVEL DO JORNAL SEM PERDER A SUA CREDIBILIDADE


Num ,Abaixo-assinado EM DEFESA DO PÚBLICO entregue à administração, os profissionais deste jornal manifestam-se “convictos de que a viabilização económica sustentável das empresas que apostam num jornalismo profissional de qualidade, credível e independente não pode ser alcançada sem sustentabilidade editorial, os abaixo-assinados apelam à administração do jornal “Público” que, no escrupuloso cumprimento da lei, procure superar as dificuldades em colaboração com os seus jornalistas e demais trabalhadores e não contra eles.

Há ricos (não sabendo o que fazer ao seu dinheiro) gostam de coleccionar quadros de grandes artistas famosos - Notei esse espírito, por exemplo, em Cupertino de Miranda, quando me recebeu em sua casa. Do mesmo modo se poderia entender também haver quem (em vez de formar empresas de populares televisões e jornais) gostasse de ter um bom jornal para prestigiar as suas empresas e os seus negócios - Julgo que assim o terá entendido, o Sr. Eng. Belmiro de Azevedo - Lembra-me, muito bem da satisfação e contentamento, como expressava a sua iniciativa - Ficando publicamente a pairar a ideia que íamos ter (não direi o mecenas ) mas um homem ousado, empreendedor e generoso. Amigo de uma boa informação em prol do progresso e da nossa democracia, que, durante tantos anos, foi amordaçada. Pois é, mas, ao que aprece, Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades












 

Há porém uma coisa que não muda é o destino de cada criatura -seja ela rica ou pobre - a vida é demasiado efémera - A vida é o dia de hoje -após o que todas as ambições, desgostos ou paixões, acabam na sepultura. Os ricos, contam os milhões por trocados, os pobres contam o pouco que têm por centavos. O dinheiro, é importante, mas só por si não faz a felicidade - É por isso que há, endinheirados, que não gozam a vida e nem sequer chegam a velhos...Apanham um cancro no estômago, na próstata ou no duodeno, precipitam-se na curva de uma estrada e leva-os o diabo.

Luís de Raziell - V.V.D.













Vida longa e abençoados os que fizerem o bem
- Malditos e vida pedrada aos que fizerem o mal...

Jornal Público quer despedir 21 trabalhadores para cortar nas despesas .

Jornal Público corta mais 1,2 milhões de euros 



Citando Fernando Pessoa:

"Eu sou supremo. Sou o Cristo negro,
O que crê, nem ama- o que só sabe
"Eu sou supremo. Sou o Cristo negro,
O que crê, nem ama- o que só sabe
O mistério tornado carne

Sem comentários: