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Desoculto nocturno é abordagem de várias questões: Ora surgindo desnudado à luz do grande leão dos céus, ora sob o manto diáfono da noite, festejando a princesa das trevas, em peregrinações, onde o piar dos mochos e o grito das raposas, são as únicas vozes que quebram o silêncio milenar de canadas e penedias, nas quais ritos e mistérios ancestrais, ainda vagueiam à solta - Envergando várias túnicas, desdobrando-me em múltiplas personagens - Ou é privilégio do poeta dos heterónimos, que só discorreu à mesa dum café ou acastelado em sua“aldeia”?..Sei que posso correr o risco de não ser tomado a sério: mas que fazer? . - Dizia-se de Florbela Espanca, que os poetas e os profetas “usam disfarces que os tornam semelhantes a tudo o que os cerca”- Quando criei este site, foi apenas a pensar nos chamados fenómenos do mundo paranormal: relatos pessoais, consequência da minha adolescência, em sabates noturnos?!.. Ou fruto de solitárias e longas experiências marítimas em calmos e tempestuosos mares?!.. Estas as interrogações que pretendi aqui abordar. Afinal, cedo constatei ser-me difícil passar indiferente à análise e à reflexão, ocasionalmente, de outros fenómenos e temas da actualidade

domingo, 27 de fevereiro de 2011

KADHAFI: COMO CONHECI, ME TORNEI AMIGO DO PRIMO DE KADAFI NO ESTORIL E PASSEI A SER UM DOS CONVIDADOS ESPECIAIS NO DIA NACIONAL DA LÍBIA, EM LISBOA

Muammar al-Gaddafi nasceu no dia 9 de Setembro de 1943, em Sirte, na Líbia. Típico nativo do signo Virgem. Determinado quanto baste. Recebeu a influência de cavalo, na simbologia do Zodíaco Chinês. É regido pelo fogo e o seu meio preferido é a água. Propensão para a liderança, improvisação, impulsividade, extroversão e originalidade. Temperamentalmente com tendência para o radicalismo, a excentricidade e agressividade. Afinal, tudo a conjugar com a personalidade que lhe é publicamente conhecida. Vai lutar até à morte. Não acredito que opte pela fuga

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Toda a gente já viu - e só não vê quem não quer - que Kadhafi vai sair de cena – Com os custos de muitas vítimas e de muitas mais quando o palácio, palácios, forem destruídos e incendiados, o corpo do grande líder for encontrado cadáver. A sua queda não me surpreende. E ainda há outros que até ao fim do ano vão cair.


Eu já o disse nas minhas previsões neste blogue. O ano do coelho vai fazer com que muitos milhões de pessoas, sejam compelidas a saírem da sua toca e a não permitirem que lhe cerceiem a liberdade. Só que, o que virá depois da queda dos ditadores, não se pode dizer que sejam tempos de mais tranquilidade e de mais pão, para as populações. Pelo contrário, antevejo tempos muito conturbados e muito difíceis. Muita convulsão social. Em Angola e na Guiné, também vão existirem tumultos e confrontos nas ruas. Para mal da nossa economia e de muitos portugueses, que lá vivem: terão de fazer as malas e regressar. Oxalá não tenha passado senão de um mero devaneio da minha imaginação


O meu desejo é que tal não passe de uma visão meramente fortuita e sem significado – Assim o desejo – mas está escrito que, também nesses países, os carros de combate e as armas, voltarão a percorrer ruas e avenidas. E, tal como também, já disse, Fidel Castro vai desaparecer de cena: Havana vai mudar. E o tempo dele já foi...É um nado morto - Mas há já uma revolução pronta a vir para a grande praça.


COMO CONHECI UM PRIMO DE KADHAFI E PASSEI A SER UM DOS CONVIDADOS NO DIA NACIONAL DA LÍBIA


Vivi durante alguns anos no Estoril, com a minha amiga Elizabeth de nacionalidade francesa, nascida num bairro judio da antiga colónia de Marrocos, no território colonizado pela França. Tínhamos uma cocker em nossa casa e, de volta e meia, costumávamos ir dar uma volta até ao jardim fronteiro ao Casino. Foi aí que, ao fim de uma tarde, finais da década de oitenta, conheci o primo de Omar Kadhafi.


Ele andava com os dois filhos, ainda crianças , jogando a bola na relva. Nós também andávamos por lá a passear a cadelinha. Nisto a Babeth, ao nos aproximarmos da dita família, e, como a minha companheira, sempre fora muito dada a comunicar, volta-se para uma das crianças, e diz: elou! - Era uma menina: sorri, corresponde com um olhar meio, mas, logo a seguir, algo tímida e envergonhada, corre para junto do pai.


Foi então que o diálogo se estendeu da filha para o pai. Depois de alguns minutos de conversa, e, como trazia a máquina fotográfica, aproveitei para lhe fazer umas fotografias. Prometendo que lhas ofereceria, logo que revelasse o rolo e fizesse as cópias. Mas ele foi mais longe: queria também o negativo. Perguntou-me se não me importava de lho entregar conjuntamente com as imagens – E então porquê?!...- questionei. Ele sorri e hesita explicar-me as razões. “Não me diga que é irmão de Kadhafi? – acrescentei de imediato. Pois, ao vê-lo, foi a primeira figura que me sugeriu. “O Sr. é muito parecido” – sua resposta: Sim, sou primo de Kadhafi. Ele é meu primo e eu trabalho como adido cultural da Embaixada da Líbia. E passou-me um cartão de visita para as mãos.


Uns dias depois, telefonei-lhe, pois, no cartão, havia também a indicação da morada e do seu telefone, para o informar que já tinha as fotografias prontas e que gostava de ilhas ir oferecer. O local combinado foi o mesmo onde nos havíamos encontrado. Ficou muito satisfeito com as imagens. Eu disse-lhe que trabalhava numa rádio, como repórter. E, como andava sempre à procura de acontecimentos ou de entrevistas, perguntei-lhe se podia fazer uma entrevista ao sr. embaixador. Ele disse-me que ia falar com ele e que depois me telefonaria a dar a resposta. E assim fez, dando-me conhecimento do dia e da hora em que me poderia conceder uma audiência. E então lá me desloquei para a vivenda do Bureau Popular da Jamahiriya Árabe Líbia Popular Socialista,Morada: situada na Av. Torre de Belém.


O Sr. Embaixador, cujo nome, já não me ocorre, falava mal o português, mas deu para registar uns dez minutos perceptíveis de diálogo. Pediu-me para deixar a minha morada, dizendo que me ia mandar um convite para o Dia Nacional da Líbia, a 20 de Dezembro . E assim fez. Estava-se nos finais do Verão e , uns dias antes, lá encontrei o convite na caixa do Correio


A festa teve lugar num dos hotéis, ali para os lados de Sete Rios – Praça de Espanha. Estavam lá vários embaixadores e outros altos dignatários, sobretudo dos países Árabes, africanos, da Índia, Paquistão, Brasil, Cuba e de outros países da américa latina – Portugueses e de outros países ocidentais, muito poucos. Vi lá o Dr. Dias Farinha, especialista em língua árabe e cultura islâmica.

Naquela altura, embora Portugal mantivesse relações diplomáticas amigáveis com a Líbia, ainda havia muito quem olhasse o regime de Kadhafi, com reservas e desconfiança. Existiam apenas as relações institucionais. O ambiente era simpático e o repasto também. Não havia álcool mas não faltavam sumos, frutos, bolos e muitas iguarias e sabores líbios. Voltei ainda lá mais uns quatro anos seguidos. Mas depois, com o regresso do meu amigo(do primo de Kadhafi) ao seu pais, desinteressei-me. Ainda chegou a propor-me uma visita à Líbia, mas acabou por não se proporcionar. Mas também porque eu não me mostrei interessado.

Não lhe fixei o nome. Já lá vão mais de vinte anos. O filho e a filha já são adultos. Ele era um pouco mais novo de que eu. Calculo, que, por esta altura, a vida dele e da família ( se entretanto não foi enviado para outro país) corra o mesmo risco de que o grande líder. Este já deu azo a que muitas vidas fossem sacrificadas e bem podia ter tido o discernimento que na vida há um tempo para tudo e, por isso, ter criado condições para a sua sucessão, mas o que vai acontecer é que, os dias da liberdade pelos quais agora se luta, vão arrastar o país para uma das suas maiores convulsões e crises de sempre.


A liberdade é um direito que assiste a todos os cidadãos, seja qual for o país ou parte do mundo, ponto do mundo, mas o certo é que, em muitos casos, não se obtém do pé para a mão. E o pior é que, os que, na verdade mais da liberdade se aproveitam, são os exploradores, é o capitalismo, que rapidamente toma conta dos principais meios de produção e dos órgãos de comunicação social.


É certo que toda a gente pode falar e comunicar – então agora que há Internet. Só que, a nível das televisões, dos grandes órgãos de informação, esses passam a ser pertença dos grandes grupos económicos, e é a verdade deles que depois prevalece. Não se pode dizer que seja a mesma coisa de que numa ditadura, mas também não é a ampla liberdade de poder usufruir das mesmas oportunidades das classes privilegiadas. As clãs,a burguesia, continuarão, de uma forma ou de outra a existir e a deter a posse dos melhores bens e empregos, enquanto a maioria da população, viverá a apertar o cinto.


CONFORME DISSE. NO DIA 31 DE DEZEMBRO:

VAI SER O ANO QUE MARCARÁ GRANDES TRANSFORMAÇÕES NALGUNS PAÍSES ÁRABES - E EM CUBA

VÃO SURGIR NAS RUAS AS MAIORES CONTESTAÇÕES -
Vão finalmente desaparecer de cena, alguns ditadores: creio que é desta que alguns ditadores em África, nalguns países árabes, vão pertencer ao passado. E até o Irão, vai sofrer um grande aperto interno. Fidel é um nato resistente. Nasceu a 13 de Agosto de 1926. É um leão do segundo decanato. .Ainda não é velho nem está acabado.

Mas, o coração, que sempre foi a sua maior arma, um dia acabará por traí-lo. Além de que, antes de disso, existe algo, que não dependerá propriamente da sua saúde, que o ameaça - as mudanças em Cuba - O tempo não conta a favor de Fidel

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