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Desoculto nocturno é abordagem de várias questões: Ora surgindo desnudado à luz do grande leão dos céus, ora sob o manto diáfono da noite, festejando a princesa das trevas, em peregrinações, onde o piar dos mochos e o grito das raposas, são as únicas vozes que quebram o silêncio milenar de canadas e penedias, nas quais ritos e mistérios ancestrais, ainda vagueiam à solta - Envergando várias túnicas, desdobrando-me em múltiplas personagens - Ou é privilégio do poeta dos heterónimos, que só discorreu à mesa dum café ou acastelado em sua“aldeia”?..Sei que posso correr o risco de não ser tomado a sério: mas que fazer? . - Dizia-se de Florbela Espanca, que os poetas e os profetas “usam disfarces que os tornam semelhantes a tudo o que os cerca”- Quando criei este site, foi apenas a pensar nos chamados fenómenos do mundo paranormal: relatos pessoais, consequência da minha adolescência, em sabates noturnos?!.. Ou fruto de solitárias e longas experiências marítimas em calmos e tempestuosos mares?!.. Estas as interrogações que pretendi aqui abordar. Afinal, cedo constatei ser-me difícil passar indiferente à análise e à reflexão, ocasionalmente, de outros fenómenos e temas da actualidade

sábado, 11 de dezembro de 2010

NOBEL RAMOS HORTA AO LADO DA REACÇÃO DO TIRANO CHINÊS- ELE E O VARGAS LLOSA, PODEM FORMAR A MESMA PARELHA – UMA PROVOCAÇÃO À MEMÓRIA DE ALFRED NOBEL

José Ramos Horta sempre me pareceu um autêntico farsante e cagão, no sentido mais lato do termo: vaidoso e ambicioso. É dos que não esconde a sua vaidade através do estilo que cultiva. A política está cheia de aldrabões, comerciantes, oportunistas e ambiciosos, ele não foge à excepção. Há vidas exemplares, de verdadeiro sacerdócio por nobres ideais - e já me referi neste blogue a alguns desses exemplos - mas não creio que seja o caso do dirigente timorense.

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"Quem pense que os EUA devem ser derrotados e humilhados no Iraque está a fortalecer um dos regimes mais sanguinários do planeta”, afirma. José Ramos-Horta (M31.03.2003 - 10:39 Por Luciano Alvarez, PÚBLICO Ramos-Horta: Quem pense que os EUA devem ser derrotados.


Este falso pacifista (golpista) que dá pelo nome de José Ramos Horta, galardoado com o Prémio Nobel da Paz, e que agora se pôs ao lado da opressão chinesa, vociferando contra a atribuição do Prémio Nobel da Paz, a um cidadão que, o regime ditatorial, atirou para as masmorras das suas prisões, por lutar pelas liberdades fundamentais no seu país, também já se havia posto ao lado de Jorge Busch, apoiando a invasão do Iraque, que o destroçou, completamente, e tantas vidas já ceifou, em ambos os lados.
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Quando o Prémio Nobel da paz foi atribuído ao Bispo de Dili, Dom Ximenes Belo e a José Ramos Horta: prémio nobel da paz apercebi-me, imediatamente, que algo ali não soava bem. E perguntava, a mim próprio: mas que, contributo de monta, deu à paz da humanidade e ao tão martirizado povo timorense, aquele sujeito, para merecer tão alto galardão?... - Simplesmente, alimentar o seu enorme egocentrismo, e também outra coisa: - em que ele se movimenta como os ratos à procura do trigo nos celeiros - dar largas à sua esperteza e habilidade, com que sabe jogar com o poder económico e dar nas vistas.

Ele, tanto está ao lado do amigo americano, como o russo ou chinês. E, até dos indonésios. Quem merecia, o Prémio Nobel, era Xanana Gusmão, que arriscou a vida e andou lá pelas florestas, e não o do homem do "lacinho" (agora cultiva a pose de jesuíta) que, mais não fazia (e ainda faz) que pavonear-se à custa de quem estava e está a dar o corpo ao manifesto. Claro, que, a diplomacia, também exige esforço e corre os seus riscos (e seus correlegionários, nas lutas fratricidas de poder, até já o quiseram limpar de vez), é verdade, é uma outra forma de combate, sem a qual, os que lutam na clandestinidade, dificilmente poderiam consumar os seus êxitos na guerrilha, sim, é um facto, mas, no meu ponto de vista, as exibições de José Ramos Horta, de nada teriam servido à diplomacia, se não fosse o indiscutível carisma de Xanana, o alto sacrifício, a que expôs a sua vida

Manifestação em Honk Kong, China, pela libertação de Liu Xiaobo, ganhador do Prêmio Nobel da Paz.

Manifestação em Honk Kong, China, pela libertação de Liu Xiaobo, ganhador do Prêmio Nobel da Paz (Ym Yik/EFE)

Pois, mal começaram a correr rumores de que a Academia de Estocolmo, poderia atribuir o Nobel da Paz, ao chinês Liu Xiaobo, e, receando que isso pudesse ferir as sensibilidades dos ditadores de Pequim, eis que, o galante e oportunista, Ramos Horta, se apresta a manifestar a sua discordância e afinar as agulhas, com a tirania dos dirigentes da maior empresa capitalista do mundo: o Partido Comunista Chinês.

Por aí, já se podem calcular os interesses defendidos por José Ramos Horta: não propriamente os do seu povo, mas os da sua algibeira. Até porque, os chineses, para estenderem os seus chorudos negócios (2/3 da economia americana, estão já sob o controlo das suas máfias) não actuam como os caçadores, que, quando vão à caça, têm que calcorrear os montes, apontar espingardas e a dar tiros: eles não fazem isso. Agem pela calada, silenciosamente, com subtil e corrupta discrição, muito à maneira tradicional da cultura que têm vindo a impor, através da mordaça e do mais absoluto desprezo da liberdade de expressão e de outros direitos fundamentais. É simplesmente vergonhoso. Se não concordava com a atribuição da referida distinção, ao menos soubesse ter algum decoro e não deixasse cair, de forma, tão abrupta e despudorada, a hipocrisia da sua máscara.

Confesso que fiquei muito decepcionado. Mesmo não sendo um admirador de José Ramos Horta - e, muito embora, não lhe houvesse reconhecido mérito nem qualidades, na atribuição do Prémio Nobel da Paz - congratulei-me e vi com agrado e satisfação que, tão mítico galardão, o distinguisse, aliás, a dois falantes da língua portuguesa: a ele e ao Bispo de Dili, Dom Ximenes Belo, pessoa humilde e corajosa, a ele, sim, bem merecido, com quem falei algumas vezes - e , ainda para mais, ambos formados na cultura lusíada.

Presumo - aliás, tenho essa convicção; já o antevi - que o pior ainda está para vir. À excepção de Xanana Gusmão, não vejo que, aquele pequeno território - com as enormes jazidas de ouro negro a serem cobiçadas por chineses, australianos e outros potentados - possa resistir a tão descarada cobiça, face a dirigentes, tão permeáveis, como Horta e outros da sua bitola. Oxalá, Franco Nogueira, uma das mais matreiras raposas da diplomacia do velho regime fascista, não venha a ter razão. Numa entrevista que me concedeu, em sua casa(já depois de voltar do Brasil), declarava-se concordante com a anexação de Timor pela Indonésia, considerando ser esta a melhor solução para os interesses do seu povo. Talvez já a antever que, mesmo antes das grandes multinacionais explorarem o petróleo e lhe sacarem outras riquezas naturais, à antiga ex-colónia portuguesa, já, vários "Hortas", hipotecassem o seu futuro, enchendo, com as suas colheitas, os cofres dos bancos suíços.

ESTIVE SEMPRE AO LADO DA DESCOLONIZAÇÃO - MAS JÁ ME CUSTA REVER-ME NOS NOVOS COLONIZADORES - QUE FAZEM JOGADAS, DESCARADAMENTE, E SEM ESCRÚPULOS

Senti-me sempre solidário com o povo timorense, e ainda cheguei a ir a Londres, numa das acções de apoio e de solidariedade à causa do Povo Maubere, mas nunca deixei de olhar, com desconfiança para Ramos Horta. E, de outros, que, por cá, faziam o jogo da indonésia e colaboravam em altos negócios de armas. Ao ponto de, um desses paladinos, outro dos que gostam também de pavonear-se pelas televisões, e continuam a fazê-lo com todo o à-vontade, chegar ao desplante, - quando me dava uma boleia, no seu bruto R.R, entre o A.R. (o Parlamento) e a estação de rádio, onde eu trabalhava-, pois bem, de não ter vergonha de, com a maior desfaçatez e gabarolice (ao mesmo tempo que, exibindo as suas habilidades de fanjo, me metia uma das mãos, entre as pernas, agarrando-se - repetidas vezes - na minha braguilha, como querendo ali encontrar um apoio nas suas inesperadas manobras automobilísticas - provocação a que só não reagi à altura do seu abuso ou abandonei a viatura, por respeito ao seu cargo, à gentileza da boleia e por me encontrar já perto do meu destino, limitando-me a sacudir-lhe o atrevimento e a transparecer o meu incómodo do seu despudor), sim, não é que, ao passarmos junto ao famoso edifício das Amoreiras, projectado pelo Arquitecto Tomás Taveira (que tive o prazer e a honra de entrevistar no seu gabinete da Av, da República) para meu espanto e surpresa, não é que, a dita personalidade da nossa praça, se sai com esta:

"Você sabe que um daqueles melhores andares, é meu?!!.."- "Como assim?...Então é muito rico?!...." - perguntava eu, incrédulo, tanto mais que nada disso vinha ali a propósito. Sua resposta: negócios de armas meu caro amigo!!.. Muitos milhões cá pró rapaz!" Isto dito com a mais cândida, bichosa e inocente das expressões! - "O cargo de deputado não é incompatível com a profissão liberal de ...Você não sabia?!...Então aprenda!...Não seja anjinho!...Agora fica a saber!..."- E não digo mais, senão ainda identifico o "rapaz", que costuma apresentar-se nos ecrâs das televisões, sempre com ar bem falante, apessoado e de quem tudo sabe, e não é esta a minha intenção.
Além de que ele é muito rico e eu sou mais um pobre de Cristo, dos que vivem no modesto desvão de um telhado.


Não conheço o percurso do agora distinguido Liu Xiaobo, para me pronunciar sobre o seu mérito ou desmérito. Porém, o que eu sei é que, o regime chinês, é de tal modo intolerante e opressor, que nem sequer permitiu, ao seu cidadão, que fosse receber o tão notável prémio. China classifica como «farsa política» o Nobel Além disso, ainda reage e usa represálias, sobre o país, onde está a sediada a Fundação Nobel, como se, a Noruega, fosse a mesma coutada que a China: onde o poder absoluto está nas mãos de um tirano.China reage a Nobel e convoca embaixador norueguês

É um facto de que, a atribuição dos Prémios Nobel, desde sempre teve o peso da política. Foi manchada pelos cordelinhos das estratégias. Durante muitos anos, era dominado por um loby, mais à esquerda, pró-comunista, porém, nos últimos anos, ou porque os membros do júri, se tornassem mais conservadores, ou porque, o liberalismo selvagem, já praticamente tudo minou e corrompeu, o certo é que, já não é apenas a influência política, mas também o enorme peso do poder económico, a ditar os critérios da atribuição das tão famosas distinções: sobretudo os prémios Nobel da Literatura e da Paz. Há situações que ainda poderão merecer alguma compreensão e até são aceitáveis pela opinião pública, no entanto, outras têm-se revelado, com tal flagrante oportunismo, que só contribuem para descredibilizar os verdadeiros objectivos, com que foram concebidos pelo fundador da instituição Alfred Nobel.

Foi o caso de Ramos Horta - pois, se alguém tinha dúvidas de que ele não passa de mais um impostor, de uma criatura vazia e balofa, vaidosa, hipócrita e ambiciosa- a sua cumplicidade, agora manifestada com o poderio económico do amigo chinês, em completo desprezo para com a defesa dos valores da liberdade e da tolerância, no fundo dos direitos humanos, de que ele se arvorava seu defensor - pois, de uma assentada, desmascarou-se completamente

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Porém, até agora, não disse nada sobre outro cagão, outro jogador e simulador como ele: um tal agora laureado, Vargas Llosa, que, em vez de passar a vida a escrever para os leitores, andou mais envolvido em jogadas politicas, em sórdidas intrigas palacianas, que urdia na sombra ou veiculava através dos media da sua confiança e a deambular pelos bastidores na mira de alcançar o tão supremo penacho.Academia entrega Nobel de Literatura a Vargas Llosa

Vargas Llosa recebe Nobel das mãos do rei da Suécia

Os livros de Llosa, nunca me atraíram. Por isso, verdade seja dita, também não estou em condições de afirmar se a sua obra é digna de um Nobel. Mas não creio.E por uma simples razão: não consigo separar a dimensão humana da dimensão artística. Esta pode valer rios de dinheiro, mas a do homem, para mim, vale muito mais. E, na radiografia que, há muito lhe fiz, constatei que, como pessoa, o escritor peruano, político e colunista, Mario Vargas Llosa, simplesmente não presta.

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