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Lisboa, Lisboa, Portugal
Desoculto nocturno é abordagem de várias questões: Ora surgindo desnudado à luz do grande leão dos céus, ora sob o manto diáfono da noite, festejando a princesa das trevas, em peregrinações, onde o piar dos mochos e o grito das raposas, são as únicas vozes que quebram o silêncio milenar de canadas e penedias, nas quais ritos e mistérios ancestrais, ainda vagueiam à solta - Envergando várias túnicas, desdobrando-me em múltiplas personagens - Ou é privilégio do poeta dos heterónimos, que só discorreu à mesa dum café ou acastelado em sua“aldeia”?..Sei que posso correr o risco de não ser tomado a sério: mas que fazer? . - Dizia-se de Florbela Espanca, que os poetas e os profetas “usam disfarces que os tornam semelhantes a tudo o que os cerca”- Quando criei este site, foi apenas a pensar nos chamados fenómenos do mundo paranormal: relatos pessoais, consequência da minha adolescência, em sabates noturnos?!.. Ou fruto de solitárias e longas experiências marítimas em calmos e tempestuosos mares?!.. Estas as interrogações que pretendi aqui abordar. Afinal, cedo constatei ser-me difícil passar indiferente à análise e à reflexão, ocasionalmente, de outros fenómenos e temas da actualidade

quarta-feira, 7 de julho de 2010

MATIDE ROSA ARAÚJO - O SEGREDO DE NUNCA PERDER A INOCÊNCIA AO LONGO DE UMA VIDA INTEIRAMENTE DEDICADA AO REINO MARAVILHOSO INFANTO-JUVENIL























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Deu-me o prazer de me receber em sua casa, em meados dos anos 80 - Morava perto do Liceu Maria Amália. Autografou-me um dos seus livros e presumo que ainda guardo no meu arquivo a gravação da entrevista que me concedera. Só de uma pessoa , com aquela simplicidade, poderia sair uma prosa tão bela para alimentar a imaginação infantil e juvenil. O ano passado encontrei-a na Feira do Livro, ao lado do poeta Vergilio Alberto Vieira: mais velha mas igual no espírito e na singeleza - Em sua homenagem, aqui reproduzo duas das imagens que então registei .



Matilde Rosa Araújo nasceu em Lisboa em 1921. Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letra da Universidade Clássica de Lisboa. Foi professora do Ensino Técnico Profissional em Lisboa e noutras cidades do País, assim como professora do primeiro Curso de Literatura para a Infância, que teve lugar na Escola do Magistério Primário de Lisboa.

Morreu, na madrugada de ontem, aos 89 anos, em sua casa - O funeral realiza-se a partir das 15:00 de hoje, da Sala-Galeria Carlos Paredes da Sociedade Portuguesa de Autores, para o Cemitério dos Prazeres







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Obras

  • Capuchinho cinzento
  • A Garrana (ficção, 1943)
  • Estrada Sem Nome (ficção, 1947)
  • A Escola do Rio Verde (1950)
  • O Livro da Tila (literatura infantil, 1957)
  • O Palhaço Verde (literatura infantil, 1960), (considerado como o melhor livro estrangeiro, pela associação Paulista de Críticos de Arte de São Paulo, em 1991)
  • Praia Nova (ficção, 1962)
  • História de um Rapaz (1963)
  • O Sol e o Menino dos Pés Frios (literatura infantil, 1972)
  • O Reino das Sete Pontas (1974)
  • Balada das Vinte Meninas (literatura infantil, 1977)
  • As Botas do Meu Pai (literatura infantil, 1977)
  • Camões Poeta, Mancebo e Pobre (literatura infantil, 1978)
  • Voz Nua (poesia, 1982)
  • A Velha do Bosque (literatura infantil, 1983)
  • O Passarinho de Maio (literatura infantil, 1990)
  • Fadas Verdes (1994)
  • O Chão e a Estrela (ficção, 1997)
  • O Gato Dourado (literatura infantil)
  • Lucilina e Antenor (2008)

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